Já estava com sono e entediado de estar ali vendo aquela peça por obrigação, odeio esse meu jeito, de sempre querer satisfazer as pessoas ao meu lado, mesmo que para isso sacrifique os meus momentos de lazer. Mas agora que já estava ali acompanhando minha mãe e minha irmã não poderia simplesmente sair do teatro ir para o bar da esquina, e deixa-las ali como um resto de hambúrguer que não quero mais.
Olhei no relógio e só faltava mais meia hora daquela tortura, e foi quando a vi, pensei - "Como não havia percebido uma mulher tão linda, sentada a pelo menos uns cinco passos de mim?”
Era a mulher mais linda que eu já havia visto, estava com os cabelos presos, cabelos estes ruivos, de um vermelho tão intenso que eu podia jurar que senti meu corpo ficando mais quente, pele alva sem nenhuma mancha de sol e nenhum vestígio de maquiagem, não que ela precisasse, muito pelo contrario, olhos mais verdes que as águas do arquipélago de Fernando de Noronha, sem contar os seus lábios carnudos, um convite mais que irresistível a um beijo ao estilo dos filmes de Hollywood, estava em um vestido vermelho com uma abertura em V nas costas, de onde podia se ver sua tatuagem, um lindo dragão, desenho esse que só a deixava mais sexy do que já aparentava, o lindo vestido ia ate a metade de suas coxas tão belas que pareciam ter sido esculpidas a mão, e por fim estava usando um sapado alto preto o que a deixava muito elegante.
Parecia estar hipnotizado por ela, não conseguia me mexer na cadeira, meus olhos fixos nela, contemplando cada parte de sua nuca descendo ate chegar em sua tatuagem, como se ela escutasse meus pensamento virou a cabeça em minha direção em um movimento tão suave que parecia estar em câmera lenta, olhando fixamente em meus olhos deu um lindo sorriso, eu o retribui, e fiz um sinal para que no termino da peça ela me esperasse, entendendo o meu recado ela sorri e acena com a cabeça.
Ao sair do teatro à vejo encostada em um mustang preto conversível, que tocava uma musica muito conhecida aos meus ouvidos, talvez porque minha irmã também gostasse dessa banda e não parasse de ouvir um minuto, se eu não me engano o nome da banda é Within Temptation, e o da musica The Howling. Confesso que quando minha irmã ouvia essa banda em casa me sentia em uma cessão de tortura, mais agora é diferente o fundo musical combina quase que perfeitamente com a imagem que vejo em minha frente.Olhei para minha mãe e minha irmã, balancei a cabeça respirei fundo e fui em direção a tal moça:
-Desculpa, mais eu acho que vamos precisar marcar outro dia para nos conhecermos melhor, porque ainda tenho que levar minha irmã e a minha mãe pra casa...
-Não importa. Você pode levar a sua mãe e sua irmã para casa, eu te sigo, você guarda o seu carro e saímos no meu.
-Tudo bem então.
Guardo o meu carro na garagem, pego meu casaco e minha carteira e saio em direção ao Mustang preto, já com o motor ligado só a minha espera.
-Eai? Para onde vamos, mulher misteriosa?
-Pode me chamar de Dayani.-e ela ri - Para onde você quer ir, homem misterioso?
-Homem misterioso? Gostei dessa, mais pode me chamar de Marcelo.
-Então Marcelo, como você não quis escolher, que tal irmos á minha casa?
-Acho uma maneira bem legal de nos conhecermos melhor.
Chegamos ao apartamento dela, fomos de elevador ate o 20º andar, andamos por um corredor extenso, quando percebi que havíamos chegado na porta de seu apartamento, coloquei as mãos em sua cintura e com um giro a coloquei contra a porta, com um sorriso malicioso nos lábios ela disse quase como um sussurro:
-Vai em frente.
Mais que depressa atendi o seu desejo, no meio do beijo arranquei a chave de suas mãos abri a porta, e guiado somente pelo tato chegamos ate o quarto e paramos na beirada da cama, quando ela para me joga no colchão, sem ação fico ali vendo ela se despindo vagarosamente deixando o vestido percorrer o seu corpo todo, ate finalmente cair no chão, ficando só de roupas intimas e me pergunta:
-Quer uma bebida para acompanhar?
-Sim, lógico.
Ela sai em direção a cozinha enquanto eu fico ali sentado esperando ela voltar, não demora muito e ela volta com dois copos de whisky, pego o meu e viro de uma vez.
-Vai com calma cowboy.
Ela larga seu copo em cima do móvel, vem em minha direção, encosta a sua boca em meu ouvido e sussurra.
-Sua mãe nunca te ensinou a não aceitar bebidas de estranhos?
No mesmo instante começo a ver tudo girar e simplesmente apago. Quando acordei estava amarrado e amordaçado em uma cadeira, no que parecia ser mais uma sala de interrogatórios do que um apartamento de luxo no qual estava antes, na sala só havia eu amarrado naquela cadeira e mais nada, além de uma luz com mal contato que acendia e apagava de vez enquando.
-Já acordou queridinho?Achei que fosse ficar dormindo a noite toda.
Lutei para tentar falar alguma coisa, pelo menos xingar aquela vaca.
-O que? Não estou te entendendo amor, fala mais alto. Ah que cabeça a minha esqueci que você está amordaçado. Espera ai deixa eu te ajudar com isso.
E com toda a delicadeza ela retirou a mordaça de minha boca.
-Sua vaca.
-Mais que coisa feia de se dizer a uma dama.
-O que você vai fazer comigo?
-O mesmo que você e seus amiguinhos imundos fizeram com Kristina.
-O que?
-Ah vai me dizer que você não lembra da Kristina Mendes? Aquela que estudava no seu colégio e tinha problemas mentais. A mesma que você e seus amiguinhos estupraram e maltrataram ate a morte. Agora você está lembrado de quem estou falando?
-O que? Não pode ser. Como você sabe dessa historia?
-Eu sou a irmã dela, e desde aquele, dia jurei para mim mesma que procuraria cada um de vocês, para vingar a morte de minha irmã. E se você ainda não sabe já matei os outros três, você é o ultimo dos vermes que faltava.
-Não, por favor, não faça isso comigo, foi coisa de adolecente. Me desculpa, não foi por querer .
-Suas desculpas não ira trazer Kristina de volta, e muito menos diminuir a dor que sinto.
Logo após de suas palavras Dayani fez um corte em meu braço, imediatamente vi muito sangue escorrendo dele.
-Doeu ? Desculpa ta.
E cortou meu outro braço, eu me contorcia de dor na cadeira e gritava o mais alto que podia.
-Ah as desculpas não funcionaram?Não esta doendo menos agora?
Ela some por um instante mas logo reaparece com dois espetos de ferro nas mãos.
-E agora o Gran Finale.
E enfiou um em cada coxa, foi uma dor insuportável pensei que fosse desmaiar, vi ela pegando algo que estava no chão e arrastando para mais perto da cadeira, dele puxou dois fios grandes, fiquei olhando para eles meio desnorteado e só depois de um tempo pude perceber que aquilo perto da cadeira era uma bateria de carro, e ela com os fios nas mãos se aproximou do meu rosto beijou minha boca e disse.
-Bons sonhos querido.
E ligou cada fio em um dos espetos que estavam em minha coxa,me vendo berrar de dor e me debater na cadeira por causa da alta descarga elétrica, Dayani ri apaga a luz e saiu da sala, trancando a porta.
mto boum!parabens :D
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